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domingo, abril 28, 2024

Confiabilidade bíblica, o plano de Deus e os métodos de interpretação escatológica

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A bíblia não é apenas um produto humano – ela é inspirada por Deus. Isso não significa que os seus escritores estavam eufóricos enquanto a escreveram. O termo grego para “inspiração” significa literalmente “sopro de Deus”. Sendo assim, uma vez que a Escritura foi dada por Deus – teve  a sua origem nEle.
Vamos explicar como é a inspiração da seguinte forma: Deus supervisionou os autores humanos, considerando as suas características, personalidades e estilo literário de cada um deles. Os documentos originais da Bíblia foram escritos por homens que tiveram a permissão, sob o controle e a direção do Espírito Santo, para aplicar características de suas personalidades e de seus talentos literário. O resultado é o registro perfeito e correto da mensagem exata que Deus pretendia transmitir para a humanidade. Podemos conferir isso tanto no Antigo como no Novo Testamento a sua origem divina.

Sim, fizeram o seu coração duro como diamante, para que não ouvissem a lei, nem as palavras que o Senhor dos Exércitos enviara pelo seu Espírito, mediante os profetas que nos precederam; daí veio a grande ira do Senhor dos Exércitos.” Zacarias 7:12

O Espírito do Senhor fala por meu intermédio, e a sua palavra está na minha língua.” 2 Samuel 23:2

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” 2 Timóteo 3:16-17

porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” 2 Pedro 1:21

Podemos notar claramente que a mensagem de Deus não teve origem na vontade de seus autores. Deus não permitiu que homens pecadores, por sua própria vontade, transmitissem a mensagem dEle de forma errada ou com erros. Jesus também deixou claro que as Escrituras são plenamente confiáveis. Veja algumas de suas  afirmações:

Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” Mateus 4:4

Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.” Mateus 5:17-18

Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” Jo. 17:17

Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura não pode falhar” Jo 10:35

Diante do exposto, podemos confiar plenamente em toda e qualquer afirmação profética registrada na Bíblia, com a certeza absoluta de que as Suas palavras sobre o futuro são confiáveis e verdadeiras.

OS PLANOS DE DEUS NO TEMPO

O universo físico que conhecemos, pode ser localizado dentro de quatro elementos, são eles: altura, largura, profundidade e tempo. Podemos aplicar aos planos de Deus esta mesma máxima para as idades ou períodos.
Deus trata com dois tipos de seres: espirituais e humanos. Existem dois tipos de seres espirituais: bons e maus. Há também dois tipos de seres humanos: salvos e perdidos. Também há três tipos de povos com quem Deus se relaciona: judeus, gentios e a igreja. Todos eles são de grande importância nas profecias bíblica.
Também podemos fazer três divisões do espaço: o céu, a terra e debaixo da terra (morada dos demônios). Nestes lugares a profecia torna-se história. Deu coisa temos certeza, são localizações concretas e verdadeiras.

O tempo pode ser observado de três maneiras: antes da humanidade, a história humana e o futuro além da existência do homem na terra. Deduzimos então que existe três elementos no tempo: passado, presente e futuro. Há também três tipos de profecia: cumprida, messiânica e por se cumprir. Estes são os tempos da profecia.

Inicialmente, houve um plano para a humanidade. A rebelião do homem no Paraíso e, posteriormente, em Babel, terminou com aquela rebelião e, em seu lugar, Deus impôs três desígnios:
* No primeiro, Deus escolheu o povo de Israel e começou a relacionar-se com eles. Porem o povo desobedeceu a Deus, e mesmo que o plano continue em vigor, sofreu uma interrupção.
* No segundo, deus traçou o plano para os gentios e o apresentou à humanidade através de um sonho dado ao rei Nabucodonosor da Babilônia. Daniel, o profeta, nos revelou o seu significado. O plano de Deus para as nações gentias descoberta pelo sonho continua em pé até hoje, porém, logo chegará o seu fim.
* O terceiro plano nasceu no coração de Deus. Ele nunca quis que alguém fosse condenado, mas a rebelião do homem tornou esta condição inevitável. Este seria o plano que daria à humanidade sua última oportunidade. Jesus, o Filho de Deus, deu inicio a este plano ao ser cravado numa cruz, condenado à morte, derramando seu sangue precioso. Ele foi pendurado ali e sofreu a morte mais horrível, para que tanto o judeu como o gentio pudessem ser salvos e participar do Novo Plano.

Sim, Jesus é o plano perfeito. Os benefícios são iguais para judeus e gentios e o prêmio é a Vida Eterna! Não haverá enfermidades! Não haverá dor! Não haverá morte! Este é o plano da SALVAÇÂO e a instituição que envia os agentes que o promovem chama-se IGREJA.
No final das contas, Deus e seu povo – com Cristo na frente – serão vitoriosos. Que bom, temos nesse plano um final feliz! A bíblia é este livro com final feliz!

MÉTODO DE INTERPRETAÇÃO

Nosso método de interpretação das Escrituras será o literal. O termo “literal”, tem origem no Latim – sensos literalis – e pretende descobrir o sentido literal do texto. Trata-se de procurar a compreensão que uma pessoa com inteligência normal teria ao ler um texto, sem a aplicação de chaves ou códigos especiais. Podemos definir também como o entendimento dos conceitos com base na vida diária normal. As palavras recebem o mesmo significado que possuem numa comunicação usual. É a interpretação óbvia. Mas há algumas limitações.
O método literal não exclui expressões idiomáticas ou figuras de retorica. Quando a Bíblia menciona os olhos, os braços ou asas de Deus (Sl 34:15; Is 51:9; Sl 91:4), isso não deveria ser interpretado literalmente. Deus não possui características físicas. Ele é Espírito (Jo 4:24). Veja também o Salmo 42:9 (rocha) ou a afirmação de Jesus em João 15:1 “Eu sou a videira verdadeira…”, ou ainda em João 10:9 (porta), não é considerado uma verdade física pelo método de interpretação literal. Estas passagens são entendidas como figuras de retórica. Temos que ter pleno entendimento disso pois a literatura profética e apocalíptica, como Daniel e o livro de Apocalipse, faz uso frequente de expressões idiomáticas e de figura de retóricas.

O método literal também não exclui símbolos, mas é importante ressaltar que cada símbolo consta figurativamente em relação a algo literal. Vejamos por exemplo em Apocalipse 1:20 Jesus explicou que as sete estrelas em Sua mão direita representam “os anjos das sete igrejas” e os sete candeeiros representa as sete igrejas. As taças de incenso representam as orações dos santos (Ap 5:8) e as “águas” simbolizam “povos, multidões, nações e línguas” (Ap 17:1 e 15).

As parábolas de Jesus também não tinham interpretação literal e isso não significada que elas não tinham algum objetivo literal. Algumas vezes, o próprio Jesus explicava elas a Seus discípulos – a Parábola do Semeador (Mt 13:3-9) e a Parábola do Trigo e do Joio (Mt 13:24:30).

Temos muitos motivos para empregar o método literal. O próprio texto bíblico fornece varias comprovações para este método. Textos bíblicos mais recentes permitem a compreensão de textos mais antigos. Vejamos alguns:  O relato da criação em Gênesis 1 e 2 ( ver Êx 20:10-11), a criação de Adão e Eva (Mt 19:4-6); 1Tm 2:13); o pecado de Adão e, em consequência, a sua morte (Rm 5:12,14); Noé e o Diluvio (Mt 24:38); Jonas (Mt 12:39-41); Moises (1Co 10>2-4,11). Além do mais, o próprio Jesus cumpriu mais de cem profecias. Vejamos algumas:

  • o descendente de mulher (Gn 3:15);
  • oriundo da linhagem de Sete (Gn 4:25);
  • descendente de Abraão (Gn 9:26);
  • descendente da tribo de Judá (Gn 49:10);
  • o Filho de Davi (Jr 23:5-6);
  • nasceria de uma virgem (Is 7:14);
  • nasceria em Belém (Mq 5:2)
  • anunciado como Messias (Is 40:3);
  • futuro Rei (Zc 9:9);
  • o sacrifício para perdão de nossos pecados (Is 53);
  • transpassado em Seu lado (Zc 12:10);
  • “aniquilado” – morto (Dn 9:24-26);
  • Ressuscitado dentre os mortos (Sl 2 e 16).

Jesus, ao interpretar a profecia literalmente, indicava de maneira clara que Ele concordava com o método literal de interpretação. A maneira como Jesus aplicava as escrituras é uma das provas mais convincentes de que a Bíblia deve ser interpretada literalmente.
Mas lembre-se, é importante ao menos entender os princípios de interpretação corretos, para que possamos manejar “bem a palavra da verdade” (2Tm 2:15).

É preciso entender o sentido lógico. Enquanto o texto não indicar claramente que deva ser entendido como simbólico, ele deve ser considerado literal.

Devemos considerar as hipóteses. Nossas opiniões não devem controlar nossa interpretação bíblica.

Examinar sempre o contexto bíblico. Cada palavra da Bíblia faz parte de uma sentença, cada sentença consta em uma passagem, cada passagem pertence a um livro e cada livro é parte de toda a Escritura.

Os gêneros literários. A Bíblia contém inúmeros gêneros literários, identificados por uma característica específica e que devem ser levados em conta para uma interpretação correta do texto.

E por fim, considere a história e a cultura. O interprete da Bíblia precisa colocar seu modo de pensar ocidental e moderno em segundo plano e se inserir na antiga cultura judaica.

Lembre-se que uma passagem possivelmente possa ser aplicada a mais do que um acontecimento, podendo se referir a dois eventos separados por um considerável período de tempo. Vejamos Zacarias 9:9-10, por exemplo:

“Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta.
E de Efraim destruirei os carros, e de Jerusalém os cavalos; e o arco de guerra será destruído, e ele anunciará paz aos gentios; e o seu domínio se estenderá de mar a mar, e desde o rio até às extremidades da terra”.

Esta passagem fala tanto da primeira vinda de Jesus (Cristo, o Rei, montado em um jumento), como da segunda vinda, que culminará no Seu reinado universal milenar (Is 11:1-5).

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